Domingos António de Sequeira (1768-1837), Junot protegint la ciutat de Lisboa, 1808.
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Já Bocage não sou... À cova escura
meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos ceus ultrajei! O meu tormento
leve me torne sempre a terra dura!
l
Conheço agora já quão vã figura
em prosa e verso fêz meu louco intento;
Musa!... tivera algum merecimento
se um raio de razão seguisse pura!
l
Eu me arrependo; alíngua quási fria
brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:
l
"Outro Aretino fui... A santidade
manchei!... Oh! se me crêste, gente impia,
rasga meus versos, crê na eternidade!"
l
***
l
Ja Bocage no sóc!... Dins cova obscura
el meu ser ha arribat desfet en vent…
Els cels vaig ultratjar! Que el meu turment
em torni sempre lleu la terra dura!
l
Ara ja sé quanta vana figura
dirigí en prosa i vers mon foll intent;
tindria, Musa!, algun mereiximent
si, en algun raig, la raó restés pura!
l
Me’n penedesc; la veu quasi glaçada,
aixecant el meu clam desesperat,
diu a la joventut esgarriada:
l
"Altre Aretino he estat… La santedat
vaig tacar!... Si em vas creure, gent errada,
mos versos romp, creu en l’eternitat!"
l
Manuel Maria Barbosa do Bocage (1765-1805), Rimas, 1804.
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Já Bocage não sou... À cova escura
meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos ceus ultrajei! O meu tormento
leve me torne sempre a terra dura!
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Conheço agora já quão vã figura
em prosa e verso fêz meu louco intento;
Musa!... tivera algum merecimento
se um raio de razão seguisse pura!
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Eu me arrependo; alíngua quási fria
brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:
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"Outro Aretino fui... A santidade
manchei!... Oh! se me crêste, gente impia,
rasga meus versos, crê na eternidade!"
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Ja Bocage no sóc!... Dins cova obscura
el meu ser ha arribat desfet en vent…
Els cels vaig ultratjar! Que el meu turment
em torni sempre lleu la terra dura!
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Ara ja sé quanta vana figura
dirigí en prosa i vers mon foll intent;
tindria, Musa!, algun mereiximent
si, en algun raig, la raó restés pura!
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Me’n penedesc; la veu quasi glaçada,
aixecant el meu clam desesperat,
diu a la joventut esgarriada:
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"Altre Aretino he estat… La santedat
vaig tacar!... Si em vas creure, gent errada,
mos versos romp, creu en l’eternitat!"
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Manuel Maria Barbosa do Bocage (1765-1805), Rimas, 1804.
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João Domingos Bomtempo (1775-1842), Requiem op.23 "A la memò-ria de Camões", 1816-1817. Cor i Orquestra de la Ràdio de Berlín, dir. Heinz Rögner.
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VI. Agnus Dei:
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VI. Agnus Dei:
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